9 de mai. de 2011

Continuação do tópico sobre minha primeira filha.

No tópico anterior sobre: ”Como a alimentação durante a gravidez, comprometeu a saúde da minha filha”, eu relatei a experiência que tive durante a gestação  e durante os seus primeiros meses de vida. Atualmente, minha filha é uma jovem de vinte e cinco anos, inteligente e sadia, integra um grupo de discussão sobre alimentação e saúde no Norte dos Estados Unidos onde vive. Ela lutou corajosamente contra os problemas de saúde gerados ainda no meu ventre. Foi sempre sensível a determinados tipos de alimentos e quase todos causavam-lhe mal, mais especificamente os cítricos e ácidos.

Quando ainda bebê, minha pequena sofreu bastante pela minha inexperiência exatamente como toda mãe ao ter seu primeiro filho, eu não sabia como cuidar daquela criança tão pequena, tão frágil e indefesa, não havia quem soubesse me auxiliar. Minha sogra, suas filhas já casadas e mães, utilizavam os costumes antigos e populares. Minha pequena herdou de o meu quadro alérgico respiratório. Ao terceiro mês de vida, iniciaram-se as crises de rinite aguda, com congestão nasal, seguidas de laringite e bronquite. Minha bonequinha tão linda, tão pequena chorava com tosse, pulmões congestionados, sem respiração. Com certeza ela sentia muita dor para respirar e seu sofrimento nos cortava o coração. A noite sempre era difícil para todos nós. Se fosse verão e o calor sufocante, ela sofria com a bronquite, se fosse inverno, a mesma coisa e ainda laringite, tosse, congestão nasal, não sendo diferente nos dias de chuva intensa. Minha sogra e suas filhas insistiam em agasalhá-la, me ensinavam chás caseiros, simpatias e muitas coisas tradicionais da cultura popular, mais simples, mais antigo como dizia ela, a minha sogra: “Coisas de Vó.” Creio que algumas coisas poderiam até fazer efeito, porém tratava-se de uma criança muito nova, prematura e imensamente frágil. Havia até risco em aplicarmos tudo que me era sugerido.

Os meses se passavam e as crises persistiam. Remédios eram diversos, eu mantinha no quarto uma maleta de medicamentos e um vaporizador para as inalações noturnas. Eu não conseguia amamentá-la no peito devido a sua respiração difícil. Tentamos agregar a mamadeira de Nan (Leite em pó apropriado para os bebês). Esse leite é industrializado, com composição química e muito açúcar. Não consigo compreender como os médicos pediatras receitam um veneno desses para os bebês sensíveis como a minha pequena Poliana, naquele tempo doloroso de sua primeira infância. O leite materno nunca, jamais deveria ser substituído por qualquer outro alimento uma vez que o mesmo possui todos os nutrientes essenciais para o desenvolvimento, cura, prevenção de doenças dos pequeninos e futuros cidadãos de bem.

O Nan causou à minha pequenina crises intensas de gazes,cólicas, em que ela se contorcia, gemia, ficava tão vermelhinha e chorava sentida nos deixando comovidos, tristes sem ação, sem sabermos como tira-la daquela angustia.

Como acontecem com as chamadas mães de primeira viagem, meus mamilos racharam-se, a dor era insuportável quando minha bebê tentava mamar. Ela mamava apenas por três minutos aproximadamente e dormia. Creio que era tão pequenina e frágil que não tinha força para sugar os seios. Meu leite acumulava e os seios doíam mais. Com a bomba, tentava retirar o leite para que ela mamasse na mamadeira, mas como os mamilos estavam rachados, não era possível. O sofrimento dela se juntou ao meu e nós duas lutávamos em busca de alívio e de cura. Ver minha filhinha tão linda contorcendo-se até durante seu sono, dormindo tão pouco, sentindo cólicas que não lhe deixavam em paz, me cortava o coração. No seu umbigo, formou-se uma hérnia enorme, pois seu intestino não funcionava e ela fazia força o tempo todo para evacuar. Fazia força, dormia pouquíssimo acordava, chorava e me deixava desesperada. À noite, seu sono era interrompido a cada dez minutos ou menos. Ela não dormia por mais que isso e eu e seu pai nos revezávamos para embalá-la nos braços a fim de acalmá-la pela noite adentro. Era assim até o dia amanhecer e nova rotina começar. Vivíamos exaustos!

Esta situação dolorosa iniciou-se quando eu e ela chegamos do hospital após o terceiro dia do seu nascimento. Ela nascera de parto Cesário, prematura de oito meses, com baixo peso pesando somente 2.440 gramas, este foi o seu peso ao nascer e sua estatura 43 cm. Toda aquela agonia Perdurou por três meses quando cessaram as cólicas, todavia iniciaram-se as crises de alergia respiratória.

Minha filha ao nascer tinha a pele repleta de brotoejas como se já nascesse com acne sendo sua pele até hoje acnéica o que representa o resultado de toda a alimentação ácida que eu fiz quando a tinha no ventre. Esta é a opinião da médica pediatra e nutróloga Dra. Maria Emília Fripp Pereira que me tem ajudado a compreender questões ligadas a bons hábitos de alimentação e ajudado também a minha Poliana a cuidar bem da sua saúde cultivando a cultura da nutrição saudável. Creio que meu leite também fosse ácido, contaminado de substancias tóxicas por eu ter que tomar antibióticos em razão da cesária, da mastite que se formou no meu seio esquerdo ainda antes que ela completasse dois meses de vida.

A crise respiratória nos levava quase que diariamente ao consultório medico. Tínhamos dois pediatras para atendê-la e os dois tinham o mesmo nome: Dr. Marcio Y e Dr. Marcio X . Como éramos inexperientes eu e meu marido, não questionávamos as suas constantes trocas de medicamentos. Era absurdo o que os dois faziam. Se o Dr.X receitasse um antibiótico e ao retornar ao consultório encontrássemos o Dr.Y, ele imediatamente mandava que ignorássemos a receita anterior e ministrava outra medicação.  A maldita alopatia que não cura, mas detona o organismo humano com efeitos colaterais, por não atuar nas causas e sim nos sintomas de um quadro já instalado, resolve em parte quando a prevenção é o ideal ou a cura do mal em si, não do sintoma.

Certa manhã, minha filha estava muito agitada, em uma crise de bronquite com tosse, congestão nasal, a barriguinha inchada. Chorava pedindo ajuda. Tínhamos estado no consultório com Dr. Marcio X dias antes e ele ministrara anti-histamínicos em forma de xarope, nebulização três vezes ao dia, não me lembro mais o quê. Nada funcionara e por isso estávamos de volta para que examinassem nossa filha novamente aliviando seu sofrimento. Ao entrarmos no consultório, vimos que de plantão naquela manhã estava o Dr.Y e ao constatar que havíamos estado dias antes com seu colega, exigiu que decidíssemos com qual pediatra trataríamos a criança como se os procedimentos fossem tão diferentes, que não pudessem ser continuados ou que um deles fosse muito incompetente ao ponto de não acertar numa forma de tratamento que curasse nossa pequena Poliana.

Ali, pareceu o que podemos chamar de a gota d’água, pedimos que ele atendesse nossa filha da forma que era necessário e que para nós, os pais importava somente que ela fosse curada não importando quem seria seu medico contando que o mesmo fosse competente o suficiente para tira-la daquele sofrimento sem fim. Atendendo-nos finalmente Dr.Y medicou-a e fomos para casa. Daquele dia em diante, ele ficou sendo seu pediatra único com exceção das vezes em que precisamos nos recorrer a emergência no meio da noite, quando suas crises de choro eram intensas ou ela tinha febre.

O tempo passou, minha pequena crescia em meio às crises de bronquite e tudo mais que a incomodava incluindo o intestino preso. Aos quatro meses, já usando lindos vestidos e sapatinhos rosa ou coloridos, vestida como uma boneca iniciamos a papinha, desta vez com a recomendação do Dr.X que me passou uma receita de papinha a qual nunca me esqueci.

A receita de papinha do Dr.Marcio X

Legumes como: batata, cenoura, moranga, cará.

Músculo moído

Manteiga.

Refogar a carne temperada levemente e cozinhar.

Refogar os legumes na manteiga e cozinhar até que fiquem bem macios.

Misturar a carne moída e amassar com um garfo.

Sugeria também o caldo de feijão acrescentado á papinha pronta

Segundo ele, não se deve liquidificar a papinha para que o bebê aprenda a mastigar.

Não funcionou com minha filha, pelo menos naquele período, pois ela nunca sentia fome. Comia tão pouquinho e graças a DEUS mamava no peito o tempo todo.

À medida que ela foi crescendo, a crise de asma foram reduzindo, ela engordou um pouco mais, dormia melhor, mas era agitada, chorava muito e continuava frágil com intestinos certamente inflamados.

Minha pequena não aceitava bem alimentação salgada, Aprendi anos depois que por eu ter ingerido tanto doce durante a gravidez como relato no depoimento antigo, ela nasceu com resistência à comida salgada porque os bebês se alimentam do que a mãe se alimenta na gestação. São lá na barriga da mãe que eles, os bebês desenvolvem os sentidos e o paladar. Isso só prova o quanto fiz mal a minha pequena por total ignorância. Pensando estar fazendo tudo certinho, comendo tudo que sentia vontade de comer, fiz exatamente o contrário e prejudiquei a formação genética da filha linda que Deus me permitiu gerar. Ainda assim nasceu linda, perfeita. Cresceu tão inteligente,forte,corajosa e hoje é uma mulher estudiosa,capaz. É mãe da Alice, uma garotinha de quase cinco anos que só nos orgulha com sua inteligência aguçada,seu jeito lindo de menina de personalidade forte,ativa, curiosa.
Ambas estão vencendo e isso para mim é a compensação de todo aquele esforço do passado. Ficou uma experiência nobre de tudo que passei com ela. Assim, meu segundo filho foi mais protegido destes vícios alimentares tão nocivos a vida intra-uterina.

3 comentários:

Elisa( Nilza Pereira) disse...

Queridas mães, lamento não ter podido fazer esta postagem até ontem,dia das mães. Queria muito poder homenagear todas as mães do mundo com informações que possam ser-lhes úteis nos cuidados com seus filhos.
deixo aqui minha homenagem ainda que tardia pelo dia dedicado a todas nós as mães do mundo.

Anônimo disse...

São depoimentos maravilhosos amiga e melhor, de grandes ensinamentos... Valeu mesmo amiga... Parabéns pelos seus filhos!!!!!
Grande abraço, Patrícia.

Anônimo disse...

Ah desculpe, parabéns por vc e pra vc tb!

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